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domingo

Construção de Edifícios Resistentes a Terramotos

Construção, Segurança e Engenharia Sísmica

Sismos e construção de edifícios, soluções para evitar prejuízos humanos e materiais

Os sismos são fenómenos naturais que podem causar danos significativos às infraestruturas e à população. Em Portugal, o país está localizado numa zona de elevada sismicidade, em evidência Lisboa, Península de Setúbal, Costa Alentejana e Açores, o que torna a construção de edifícios sismo-resistentes uma prioridade.

Placas Tectónicas

Falha Açores-Gibraltar

Quais as soluções para evitar prejuízos humanos e materiais em caso de sismos?

Existem várias soluções que podem ser implementadas para evitar prejuízos humanos e materiais em caso de sismo. Estas soluções podem ser aplicadas na construção de novos edifícios ou na reabilitação de edifícios existentes.

Construção de novos edifícios, com segurança e engenharia sísmica

Construção resistente a terremotos, a fabricação de um edifício ou estrutura, capaz de suportar o tremor repentino do solo que é característico de terremotos, minimizando assim danos estruturais, mortes e ferimentos humanos.

Utilização de materiais e técnicas de construção adequadas à resistência sísmica

Projetos avançados destinados a resistir a terremotos só são eficazes se métodos de construção adequados forem usados na seleção do local, fundação, membros estruturais e juntas de conexão.

Conceção estrutural dos edifícios, adequada à resistência sísmica

Projetos resistentes a terremotos normalmente incorporam ductilidade (a capacidade de um edifício de dobrar, balançar e deformar sem colapsar) dentro da estrutura e seus membros estruturais. Um edifício dúctil é capaz de dobrar e flexionar quando exposto às forças de cisalhamento horizontais ou verticais de um terremoto.

Juntas de construção fortes são fundamentais na construção de uma estrutura que resista à carga de cisalhamento de um terremoto. Como as tensões estão concentradas nas juntas entre as paredes, é importante que todas as juntas estejam devidamente preparadas e reforçadas.

A construção resistente a terremotos requer que o edifício seja devidamente aterrado e conectado através de sua fundação à terra. Construir em areias soltas ou argilas deve ser evitado, uma vez que essas superfícies podem causar movimento excessivo e tensões não uniformes durante um terremoto. Além disso, se a fundação for muito rasa, ela se deteriorará e a estrutura será menos capaz de suportar tremores. A fundação deve, portanto, ser construída em solo firme para manter uma estrutura que se assente uniformemente sob carga vertical.

Reabilitação de edifícios existentes que não cumprem os requisitos de sismicidade

Edifícios de betão, que normalmente são frágeis (relativamente fáceis de quebrar), podem ser tornados dúcteis adicionando pilares, vigas, cintas ou armaduras de aço.

Em edifícios construídos de betão armado com aço, tanto o aço quanto o betão devem ser fabricados com precisão para alcançar o comportamento dúctil desejado.

As juntas de betão também devem ser devidamente compactadas e ancoradas para atingir a resistência ideal. No caso das juntas de alvenaria não reforçadas (juntas de argamassa, como as encontradas em edifícios de tijolos), a ancoragem entre paredes adjacentes é especialmente importante. Quando todas as juntas estiverem bem amarradas, o edifício atuará como uma única unidade integrada, permitindo que as forças de um terremoto sejam transferidas de uma seção para outra sem falhas catastróficas.

Não podemos esquecer a importância da proteção contra danos colaterais em caso de sismo

Os edifícios devem ser protegidos contra danos colaterais, como incêndios e inundações.

A construção de edifícios sismo-resistentes é uma medida essencial para a segurança da população e das infraestruturas. Investir na sismicidade é um investimento na segurança e bem-estar de todos.